A Auren terminou o primeiro trimestre de 2023 com lucro líquido de R$ 230 milhões, melhor que no mesmo período do ano passado, quando houve prejuízo de R$ 5,5 milhões. A receita líquida da geradora no período teve um aumento de 2,2%, indo a R$ 1,41 bilhão. O Ebitda ajustado saiu de R$ 353,9 milhões no primeiro trimestre de 2022 para R$ 396,2 milhões, crescendo 12%.
Na operação, houve um aumento de 17,5% na geração hidrelétrica no trimestre, refletindo as condições hídricas favoráveis. Já a geração eólica cresceu 18% na comparação com o mesmo período do ano passado, devido a entrada de Ventos do Piauí II e III, que acrescentou 133 MW med, além da normalização de Ventos do Araripe III. O deslocamento hidrelétrico ficou acima de 100%, contra 96% em 2022. A UHE Porto Primavera ficou 6% acima da garantia física, enquanto o primeiro trimestre de 2022 foi 90%.
Durante teleconferência de resultados realizada nesta sexta-feira, 5 de maio, o CEO Fabio Zanfelice revelou que a empresa estuda participar do leilão de transmissão que será realizado em junho deste ano. Segundo ele, as condições do certame estão em linha com as expectativas de retorno da empresa. Ainda não há uma decisão definitiva sobre o tema até o momento.
A Auren também avalia se brigará pelos lotes sozinha ou com sócios. “Não temos nada definido até o momento”, avisa. Também há chance que a Auren dispute o leilão de capacidade, previsto para novembro. A geradora ainda aguarda saber do governo quais fontes poderão participar. Mas o executivo lembra que a hidrelétrica está elegível a entrar na disputa e que a UHE Porto Primavera pode competir. “O marco é termos no edital do leilão a consideração das hidrelétricas, ainda não temos essa informação”, observa.